Por enquanto estou curtindo minha solidão.

O celular tocou de madrugada rapidinho, indicando uma nova mensagem.

Engano meu pensar que poderia ser dele. Era somente uma mensagem ridícula da minha operadora. Algo como: “fale mais, pague menos”. Eu devia mesmo é processá-la. Ganharia uma grana boa com o abuso desses caras. Mas, de que me importa? Conforto, casa, comida e roupa lavada eu tenho. Mais dinheiro não vai atrair outro amor. Nem trevo de quatro folhas, crucifixo no pescoço, simpatia no quintal de casa, bate-papo de internet… Tem gente que nasce sem sorte para o amor mesmo. Tipo eu. Nasci pra tomar pé na bunda. Pra ouvir o tempo todo: “o problema não é você, sou eu.” Como se eu acreditasse nessa desculpa esfarrapada. Se o parceiro realmente fosse um problema, deixaria eu consertá-lo. O problema é a bobinha aqui. Com suas crises de personalidade. Nem coloco a culpa no ciúme. Porque às vezes pode ser um pouco saudável e demonstrar que o outro sente algo mais profundo do que parece. A questão não é aquela de sempre. Retirem o ciúme da lista, por favor. Coloquem… Meus surtos. Adicione a minha vergonha, o meu medo de me entregar. É, não terminou porque eu sou uma namorada chiclete. Já fui, não sou mais. É o temor. A frieza parece um caminho mais seguro. Ironicamente, me levou para a pior. Estranho é que quando você fica quente e se dedica demais, também não se dá muito bem. Eu preciso ser morna. É isso. Não me queimar no meu próprio fogo e não deixar atitudes frias congelarem minha alma. Balancear meus atos. Sorrir mais, me abrir a novas oportunidades. Aceitar ser amada incondicionalmente. Melhorar meu humor sem graça. E vou por isso em prática, quando a preguiça deixar.


By: Bruna Batistuti. 

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