Costume de perca

O fato é que eu nunca aprendi a dividir as pessoas que eu amo. Eu não sei mesmo. Não aceito o fato de perder algo para alguém assim, tão fácil. Não suporto a ideia de perdê-las nem por um instante. É como se eu pegasse cada pessoa e trancasse a sete chaves dentro do meu coração... Egoísmo? Gosto de chamar de cuidado...
E eu nunca tive muitas coisas, das quais eu pudesse realmente dizer que elas são minhas. As poucas coisas que eu prezo são completamente importantes para mim. E não são coisas materias, e sim pessoas!
Pessoas que eu aprendi a amar e se tornaram especiais pelo seu jeito de ser, se tornaram insubstituíveis em minha vida... Então porque perdê-las? Deixar que a primeira pessoa que aparecer leve elas embora da minha vida? Entregar assim de bandeja? Não parece justo ao meu ver. E isso me preocupa bastante, tira meu sono, minha fome e me desconcentra...
E o que mais me dói, é ver essas pessoas escapando pelos meus dedos, porque eu infelizmente não consigo mais segurá-las! Não posso mais trancá-las a sete chaves no meu coração, ou em uma caixinha sem que ninguém, além de mim, tenha acesso livre...
E o pior ainda, talvez mais doloroso é perceber que essas pessoas que eu tanto cuidei, que eu guardei e segurei, não fazem o mínimo para impedir isso. O afastamento...
Elas já não dão mais importância para o que antes poderia se chamar de laço! E tudo o que a gente acabou construindo por alguém, se torna insignificante.
Foi em vão? O que eu faço? Nada... Apenas ficar aqui, parada, olhando elas irem embora e aceitar que essa foi a decisão.
Um dia, se eu reencontrá-las, irei estampar um sorriso no rosto que irá disfarçar a minha dor. Que por sinal dói bastante, não é pouco...
Mas nos acostumamos a perder né? Porque eu já me acostumei.

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