A pequenina frágil

E ela segurou suas lágrimas até o ultimo momento. Ninguém notou, como de costume. Saiu daquele lugar onde não aguentava mais estar. Correu o mais rápido que pode, antes que a primeira lágrima ameaçasse cair. Em casa, se trancou em seu quarto e desabou. Tirou seu velho diário daquela ultima gaveta em seu armário. Ainda aos prantos começou a escrever: ”Querido Diário, porque as pessoas se tornaram esses monstros que hoje andam por ai levando infelicidade aos outros? Cade aquele amor, e aquela amizade que antes havia entre as pessoas? Eu não aguento mais isso. Não posso tropeçar em uma palavra ao falar, não posso dar um passo errado e as pessoas já estão me julgando e rindo de mim. Até parece que elas são perfeitas. Meus amigos? Hoje nem sei mais o que são. Aqueles que tanto me ajudaram um dia, hoje estão ao lado daqueles que riem de mim. Eu espanto todos ao meu redor. Muitas vezes chego a pensar que ninguém mais me aguenta e acho que é a verdade. Sou uma completa imperfeita. Mas eu sou assim, não tem como mudar. Eu realmente não sei mais o que fazer. Por favor, me ajude meu Deus, não aguento mais essa dor que me persegue aonde quer que eu vá.” Ela continuo escrevendo sobre sua melancolia profunda, suas páginas já estavam molhadas de tanto chorar. Jogou seu diário no chão e desabou na cama, desejando que o resto do mundo não existisse mais.

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